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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Nada de novo sob o sol 16


-Nossa, como você está peituda! Tá parecendo a minha mãe!
- Ai, Lúcia, não exagera! Mas está dando pra ver, assim?
-Só não vê quem for cego...invejinha de você, sabia?
- Inveja? Eu odeio! Queria ser reta como uma tábua. Parece que todo mundo está olhando...
- E deve estar, mesmo. Se você juntar os dois  forma até um reguinho, não forma?
-Credo, Lúcia, pare com isso! Não tem graça!
-Ai, deixe eu te falar: tem um moço lindo morando na minha rua, agora! Moreno, de cabelo cacheado e olho preto. Trabalha num cartório. Coisa mais linda do mundo!
-Vê se toma vergonha na cara, Lúcia. Uma pirralha já olhando pra homem! Você é muito nova pra isso!
-Ah, e você não é? Nós temos a mesma idade, esqueceu?
-E quem disse que eu olho pra homem, Lúcia? Credo, dá até nojo só de pensar!
-Pois eu já gosto de olhar, sim senhora. Ainda mais pra aquele que é uma belezura!
Bastiana aparece na porta e passa um pito nas duas, que estão papeando enquanto deveriam estar ajudando no almoço. Carmo passa a mão no escapulário, que usava todos os dias, e as duas vão pra cozinha, rindo gostoso como fazem as meninas de 11 anos.

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