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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Nina Simone


Eunice Kathleen Waymon nasceu emTryon , em 21 de fevereiro de 1933 . Para tocar a "música do diabo", como o Blues era conhecido, adotou o nome de Nina Simone. Sofreu muito com o racismo  inerente à sua época, engajando-se na luta contra o mesmo.  Sua canção Mississipi Goddamn - que conta a história do assassinato de 4 crianças negras numa igreja- tornou-se um hino ativista da causa negra.
Passou de um lar repressor - os pais eram pastores metodistas , e não admitiam sua arte - para as mãos de um marido violento, que a agredia constantemente.
Nina passeou pelo gospel, soul, blues, folk e jazz  - e fomos nós que vimos belas paisagens. Em seu último DVD, seu mau-humor grita. Tudo parecia irritá-la: o som, a roupa, a plateia...no entanto, a quem é gênio, tudo é permitido...
Sua voz se calou  em  21 de abril de 2003, na cidade de Carry-le-Rouet.

Mario Quintana

No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar: um estribilho antigo, um carinho no momento preciso, o folhear de um livro de poemas, o cheiro que tinha um dia o próprio vento...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Blues

Anotações sobre um escândalo

Pra quem procura no livro detalhes da história amorosa da professora inglesa de 41 anos com seu aluno de 15, o livro é decepcionante. Mas pra quem, como eu, adora uma história em que os aspectos psicológicos é que ditam o ritmo, o livro é perfeito.
Contado sob a ótica de Barbara, amiga de Sheba - a professora - o livro trata com muita sutileza o amor obstinado de uma mulher velha, dura e solitária por outra, jovem, pouco convencional, sofrida - Sheba tem um filho excepcional - e tudo que é capaz de fazer para tornar-se imprescindível na vida da outra - até mesmo tornar público o caso que esta mantém com seu aluno adolescente. É um livro denso, intenso e parcial, já que sabemos dos fatos através de Barbara - que, cá pra nós, é bem doentia. Baseado em uma história real.
Pra quem tiver interesse, há o filme, bastante fiel ao livro, que se chama Notas sobre um Escândalo, de 2006, com Judi Dench, Tom Georgeson, Michael Maloney, Joanna Scanlan.

Bobagens

Passei por uma  fase de ler bobagens. Sabe aqueles momentos em que você cansa de ser gente grande e quer ler só pelo prazer de ler? Estava assim.
Comprei 3 livros da Danielle Steel. Não, não tenho vergonha. Porque detesto aquele tipo de gente que faz pose e começa a listar todos os clássicos que leu/lê, se achando melhor que o resto da humanidade.
Eu sou assim - totalmente eclética. Tenho que fazer o que me dá prazer no momento. Mas, o que acontece é que, depois de ler muito, algumas coisas não descem mais. Li os 3 livros, mas devo dizer que foi quase uma penitência. 

Acho que estou crescendo...

A Pequena Moisi - Vera Fisher

Se você pensou em ler Vera, a pequena Moisi, um conselho: faça isso quando não tiver nada mais interessante pra fazer, como assistir à Sessão da Tarde ou a algum reality show, visitar a tia chata ou assistir a um campeonato de arremesso de aviõezinhos de papel.O livro é raso. E bota raso nisso. Vera intercala momentos da infância com reflexões (?) sobre o presente. Faz questão de enumerar as obras de arte que possui, os livros que já leu e os filmes aos quais assistiu, numa tentativa de mostrar uma pseudo-erudição. Tudo soa extremamente artificial e forçado. Nada de incursões ao mundo interior. Nada de linguagem trabalhada. Nada de nada.

O Conto do Amor

Romance de Contardo Calligaris, Companhia das Letras, 2008.


Em seu romance de estréia, Contardo prima pela precisão de detalhes, falando sobre arte e amor.
Ao barbear o pai em seu leito de morte, Carlo toma contato com algo que desconhecia: seu pai vivia num mundo paralelo. Paralelo e inusitado, já que se dizia ajudante do pintor maneirista Sodoma.
A partir daí, inicia uma busca pela própria identidade. É quando conhece Nicoletta, expert em Sodoma. Suas viagens de New York à Itália tornam-se freqüentes, até que todas as peças se encaixam.
Gostoso de ler, acredito que daria um bom filme. Recomendo!



P.S. Contardo anunciou, outro dia, via Twitter, que seu segundo livro está pra ser lançado. Contará a história de Carlo antes de  O Conto do Amor. Vou conferir, com certeza!

Microconto

"Fingia tanto que já não se lembrava como era de verdade. Procurando o caminho de volta, se perdeu também do fingimento, e deixou de existir. Hoje é um rosto em branco." 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Quando um Homem Ama uma Mulher

Romance de 1994, com Andy Garcia, Meg Ryan, Lauren Tom, Philip Seymour Hoffman. Direção de Luis Mandoki. Duração de 125 minutos.


Embora seja um filme com mais de 15 anos, é daqueles que a gente pode - e deve - assistir novamente de vez em quando, nem que seja apenas pra se emocionar. Apesar do título sugerir um filme com romance açucarado, o que se assiste é a deterioração de um relacionamento feliz por conta de um segredo de Alice (Meg) - o alcoolismo. Apesar de todo o amor de Michael (Andy) pela mulher, ele não enxerga seus problemas. Está sempre viajando a trabalho, enquanto a mulher naufraga numa infelicidade sem fim. 
As nuances e sutilezas da relação homem-mulher ganham destaque, e muitas vezes nos vemos como personagens da história.  Imperdível!

Pra começo de conversa

Engraçado como idealizamos algumas coisas e as deixamos pra um dia qualquer. E, quando esse dia chega, ficamos meio abobalhados, entre a perplexidade do simples e a urgência do prático.
Espero aqui que a gente troque. Muito. Sobre livros, filmes, qualquer coisa que pareça legal. Sem frescuras. Sem complicações. Que cada um ceda um pouco de si. Ou muito. Fique à vontade!

Rubem Alves

“Um livro é um brinquedo feito com letras.  Ler é brincar."